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Faça seu Brand Pessoal!
- 15 de abril de 2016
- Posted by: Consultoria Contato
- Category: Conteúdos para Candidatos
Cadê meu anonimato?
A internet corroeu a privacidade das pessoas, e está revelando informações de qualquer pessoa. Muitos ficam apavorados com os rastros digitais que já deixaram.
Considerávamos a capacidade de estarmos embaixo do radar como um valor muito importante, e que fabricava o nosso senso de privacidade. Podíamos cometer muitos deslizes e cometer muitos erros, mas como obter e armazenar este tipo de informação era inviável no passado, contávamos com o tempo para que a memória das pessoas esvaíssem para que pudéssemos cometer novos erros sem preocupações.
Com as redes sociais e a indexação massiva de informações públicas o anonimato se tornou impossível. Ao mesmo tempo que controlar nossa exposição na Internet virou um desafio, está se tornando essencial para o nosso futuro saber gerenciar isso.
Fazendo Brands na era da Internet e Redes Sociais
No passado o desenvolvimento de brands precisava de investimentos pesados em mídia impressa ou televisiva. Como era muito caro, os brands a serem desenvolvidos eram muito bem pensados, e geralmente voltados a produtos e serviços de massa que pudessem justificar o investimento. Os brands eram construídos sobre marcas de fantasia ou empresariais, mas algumas raras marcas pessoais também eram trabalhadas, normalmente com esportistas, artistas ou escritores.
Só que a Internet e as plataformas sociais mudaram tudo isso, o brand está sendo fabricado com custo quase zero, e o que é pior, muitas vezes sendo fabricada pelos próprios clientes.
É site empresarial, Facebook, Twitter, LinkedIn, Instagram, ReclameAqui… Está tudo lá, e indexado para facilmente ser encontrado por quem quer que deseje.
Brands Empresariais e Brands Pessoais
A maior revolução que a Internet e as redes sociais estão forçando neste momento é o enfraquecimento e a efemeridade dos brands empresariais a custa do crescimento dos brands pessoais.
A facilidade de fabricar rastros digitais, presenças em sites e redes sociais, e a interação direta com os consumidores está fazendo uma mudança de comportamento no mundo. Com isso uma massa crítica está sendo atingida: como tanta gente já tem uma presença nas redes sociais e em sites especializados, já começa a se tornar estranho alguém não ter rastros digitais…
O Brand Pessoal já não é mais opcional!
O brand empresarial sempre soou levemente falso, exatamente por ser muito desenhado e planejado. Como não está associado diretamente a uma vida humana, pode morrer na semana seguinte e não precisar dar satisfações a quem confiou na palavra do brand.
Do outro lado, o brand pessoal está ligado a alguém real, alguém que você pode literalmente xingar e cobrar satisfações.
Estamos cada vez mais vendo pessoas emprestando o prestígio pessoal para promover marcas empresariais, provavelmente porque o senso de confiança (“trust”) parece mais legítimo e real quando vem de uma pessoa real. Veja os exemplos da Gabriela Pugliesi ou da Kéfera…
No passado apenas pessoas muito ricas ou muito famosas ou grandes intelectuais eram capazes de defender um brand pessoal, mas agora temos milhares de pessoas que, com praticamente nenhum custo, desenvolvem brands pessoais poderosos através de autoridade em assuntos diversos.
Estes brands pessoais são mais reais e geram mais confiança que muitos brands empresariais. Uma empresa tende a ser mais amorfa e convencional, fugindo dos extremos das convicções, exatamente aonde as polarizações poderiam atrair públicos especializados. O brand pessoal acaba obrigando a pessoa a especializar a sua comunicação para não diluir a sua marca e trabalhar estes extremos.
Mas eu não sou vendedor, porque teria um brand meu?
Todo mundo é vendedor. Estamos vendendo o tempo todo nossas ideias, nossos ideais, nosso tempo e nossos projetos. Nosso brand é o principal elemento de atração para que as pessoas nos escutem e/ou nos contratem.
E agora, mais do que nunca, as empresas precisam que cada funcionário também seja um vendedor real da empresa…
O Brand Pessoal no futuro
O mundo está caminhando para a comunicação pessoa a pessoa. A comunicação com entes etéreos como uma empresa está se tornando uma comunicação puramente robotizada.
Atendentes de call center sem nome, especializados na arte da comunicação por gerúndios, vão desaparecer e serão transformados em apps do meu celular.
Quando o robô (ou app) não conseguir me atender eu vou falar com uma pessoa real, e a empresa não vai ser capaz de esconder esta pessoa de mim como tenta hoje. Vou saber o nome dela e vou pesquisar esta pessoa e ver se ela poderá me ajudar. Com os rastros digitais vou descobrir como ela se comporta, seu histórico e como outras pessoas avaliaram ela.
Cada pessoa está se tornando uma empresa, com o seu próprio brand para defender.
Dicas para fazer o brand pessoal
- Coloque o seu currículo no Linkedin, Facebook ou About.me e mantenha o mesmo atualizado.
- Use as redes sociais como Instagram, Facebook, Twitter, etc, com muita inteligência. Lembre que o que você escrever vai ficar registrado provavelmente para o resto da vida.
- Conecte-se com as pessoas pelas redes, participe nas conversas de forma positiva e construtiva.
- Seja generoso com as pessoas da sua rede de relacionamento. Hoje com a Internet podemos ajudar mais do que apenas os vizinhos e colegas de escola e trabalho.
- Distribua conteúdo relevante na sua rede. Apresente conteúdos próprios ou de terceiros que você sabe que serão úteis.
- Seja um conector, ajude pessoas da sua rede a se ajudarem apenas apresentando um para o outro.
- Não finja ser outra pessoa. Não use perfis de terceiros. Não fale em nome de outra pessoa. Não use robôs para falar em nome de você. A autenticidade é o maior valor de um Brand Pessoal.
Por Fábio Ferrari