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Por que os treinamentos não funcionam?
- 7 de março de 2017
- Posted by: Consultoria Contato
- Category: Conteúdos para Gestores
Em pesquisa realizada pela Global Capital Humano, 78% dos colaboradores indicaram que estão satisfeitos com os treinamentos que recebem, mas apenas 37% disseram que o aprendizado foi utilizado em seu trabalho. Isto traz a questão: Por que mesmo bons treinamentos não estão se revertendo em novas práticas?
Em geral os treinamentos organizacionais buscam ensinar novas práticas através da apresentação da teoria sobre o assunto. Muitos destes treinamentos são inclusive dados por pessoas de fora da organização e considerados especialistas no tema. Os palestrantes costumam ser ótimos comunicadores, tornando o momento do treinamento atrativo. Também é comum ocorrem dinâmicas divertidas, que geram insights interessantes. Diante disso, ao avaliar a satisfação com estes treinamentos, os colaboradores indicam que estão satisfeitos.
Entretanto, ao voltar para seu trabalho usual, as novas práticas não se provam tão fáceis de aplicar. Novos processos geram dúvidas, atrasos e erros. É preciso que os colaboradores e seus líderes estejam dispostos a despender tempo para estes ajustes e comprometidos com a mudança proposta. Por isso temos um índice baixo de aprendizado real.
Para combater esta realidade é importante planejar um programa de desenvolvimento, onde todos os treinamentos estejam alinhados com os valores e com o planejamento da empresa.
Segundo o Modelo de Aprendizagem 70:20:10*, os adultos aprendem 70% do que sabem na prática, fazendo suas atividades; 20% do aprendizado é absorvido observando pessoas modelos; e apenas 10% é através de ensino formal. Ou seja, para o aprendizado realmente ocorrer dentro de uma organização, o treinamento formal é apenas o início de um plano de desenvolvimento maior. Deve ser seguidos de acompanhamento de resultados pela gestão da empresa, novas intervenções com treinamentos e dinâmicas quando necessário.
Além disso é preciso gerar engajamento nas lideranças e nos colaboradores com a mudança. As lideranças devem assumir o papel de modelos de novas maneiras de fazer e acompanhar a realização na prática, para ajustar ao longo do caminho o que está e o que não está funcionando.
*desenvolvido por Morgan McCall, Robert W. Eichinger e Michael M. Lombardo, do Center for Creative Leadersh